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Governo Lula deu aval para MP que tirou poderes de Marina, diz relator

O relator da medida provisória reiterou que o projeto teve o aval de três ministros do Governo Lula.

O deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL), relator da Medida Provisória (MP) de reestruturação dos ministérios, afirmou que o governo Lula contribuiu para a elaboração do texto que redefiniu as atribuições dos ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas, transferindo algumas responsabilidades para outras pastas.

"Como pode ser considerada uma derrota do governo se o texto foi construído em conjunto com o governo?. Posso afirmar que toda a construção do texto foi realizada com a participação ativa da ministra Esther, do ministro Rui Costa e do ministro Alexandre Padilha. Conversamos e discutimos constantemente todas as melhorias necessárias e possíveis para o texto", revelou Bulhões.


Ele ressaltou que a redação, que foi interpretada como uma derrota pelas ministras Marina Silva e Sônia Guajajara, resultou de uma "discussão exaustiva" com os ministros Rui Costa, da Casa Civil, Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais, e Esther Dweck, de Gestão. Segundo Bulhões, esses três ministros de Lula deram aval ao texto.

Marina Silva não concordou com a visão do relator atribuiu exclusivamente ao Congresso o esvaziamento de seu ministério. "Querem mudar a Medida Provisória da Esplanada para implementar o governo Bolsonaro no governo Lula", afirmou a ministra.

Padilha e Costa, em entrevista coletiva realizada na sexta-feira, dia 26, destacaram a necessidade de "reafirmar a prerrogativa de quem venceu as eleições". Essas declarações foram interpretadas como um possível esforço para evitar o enfraquecimento das pastas comandadas por Marina e Sonia.

O texto da MP, relatado por Bulhões, foi aprovado na comissão mista por 15 votos a 3. Agora, precisa ser apreciado pelos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado. Segundo o relator, não há movimentos para alterações ou revisões na medida, que será submetida à votação nos plenários.

Apesar das críticas, o deputado afirmou que não recebeu nenhuma solicitação do governo para articular recuos. "Não fui procurado por nenhum setor do governo para revisões. O texto foi aprovado com uma ampla margem de diferença, inclusive com votos do partido do presidente. O texto não é ideal para todos. Nenhum texto é e nem será", acrescentou.

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