O tenente da PM Henrique Otavio Oliveira, 30 anos, se entregou se na Corregedoria da corporação na noite deste domingo (7) e foi preso. Ele é o suspeito de atirar na cabeça do lutador de jiu-jítsu Leandro Lo, durante a madrugada, em um show do grupo Pixote, no Clube Sírio, na zona sul de São Paulo.
No fim da tarde, a Justiça havia concedido a prisão temporária de 30 dias do policial militar. O atleta teve a morte cerebral constatada. O caso é investigado pelo 16° Distrito Policial.
O suspeito de ter disparado o tiro estava de folga no momento do crime. O advogado da família de Lo, Ivã Siqueira Junior, afirmou à Folha Press que, segundo testemunhas, os dois se desentenderam após Oliveira entrar na roda de amigos de Lo, pegar uma garrafa de bebida e começar a chacoalhá-la. Ele estaria encarando o lutador, como forma de provocação.
Lo teria, então, derrubado o homem e o imobilizado. Outras pessoas se aproximaram e separaram a briga, sem ter havido agressões, segundo relatos de testemunhas às quais o advogado da família teve acesso.
O homem teria, então, sacado uma arma e, de frente para Lo, atirado uma única vez na cabeça do lutador, que foi atingido na testa. O atirador teria ainda chutado duas vezes a cabeça de Lo, enquanto este estava caído no chão, segundo colegas do campeão mundial.
Lo chegou a receber os primeiros socorros de um médico no local, que buscou reanimá-lo e, em seguida, foi levado ao Hospital Municipal Dr. Arthur Ribeiro de Saboya, na zona sul.
Em nota, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) afirmou que a Polícia Militar lamenta o ocorrido. "A instituição instaurou uma apuração administrativa e colabora com as buscas para localizar o autor", informou o órgão.
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