Carolina Matta
Segundo dados do Governo F ederal, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), terá cerca de 10 mil cargos comissionados para preencher na Esplanada dos Ministérios. O levantamento feito pelo Ministério da Economia a pedido do Estadão, não incluiu indicações para instituições de ensino, agências reguladoras e o Banco Central, visto que essas instituições têm autonomia para preencher esses postos.
Além dos ministérios, existem ainda cerca de 31.200 funções comissionadas que só podem ser ocupadas por servidores públicos efetivos, o que trás a possibilidade de colocação em postos de chefia servidores concursados ligados a partidos aliados, incluindo o PT, que na gestão de Bolsonaro foram deixados de lado. Em janeiro, é provável que o número de indicações para novos cargos comissionados aumente, visto a criação de mais 14 pastas, totalizando 37 ministérios.
No mês de abril, durante campanha, o presidente eleito prometeu durante reunião na Central Única dos Trabalhadores (CUT), retirar 8 mil militares de cargos comissionados do Governo Federal. “Nós vamos começar o governo sabendo que temos que tirar quase 8.000 militares que estão em cargos de pessoas que não prestaram concurso”, afirmou. Segundo levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU) da época, naquele momento 6.157 militares exerciam funções civis na administração pública federal.
Em manobra para conseguir maior apoio no Congresso, Lula fez acordo com outros partidos para a ocupação dos ministérios. Nos últimos meses, movimentações e articulações entre Lula e partidos como PSB, Cidadania e PDT foram feitas para tratar da futura estrutura do Governo. Segundo ranking obtido pelo Estadão, apenas o Ministério da Economia, que será chefiado por Fernando Haddad, totaliza aproximadamente 1.200 cargos comissionados, seguida pela Presidência da República com 850 e em terceiro lugar a Agricultura, com 751 cargos comissionados.
O Supremo Tribunal Federal (STF) também irá receber novas indicações com as aposentadorias dos magistrados Rosa Weber e Ricardo Lewandowski, ou seja, o tribunal contará com total de 7 indicações do PT.
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