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Joaquim Barbosa não descarta candidatura e defende diretas

Ex-ministro do STF admite que pensa na possibilidade e até já conversou com Marina Silva.

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa admitiu que não descarta a possibilidade de se candidatar à Presidência da República. Barbosa afirmou, em solenidade no STF, em Brasília, que uma eventual candidatura está em sua “esfera de deliberação”, e que já conversou com partidos e até com marina Silva, mas que ainda “hesita” sobre o tema.

“Eu sou um cidadão brasileiro, um cidadão pleno, há três anos livre das amarras de cargos públicos, mas sou um observador atento da vida brasileira. Portanto, a decisão de me candidatar ou não está na minha esfera de deliberação. Só que eu sou muito hesitante em relação a isso. Não sei se decidirei positivamente neste sentido”, disse o ex-ministro do STF.


  • Foto: Felipe Sampaio/SCO/STFJoaquim BarbosaJoaquim Barbosa

De acordo com informações do Estadão, Barbosa admitiu conversas sobre uma possível candidatura, mas negou ter assumido compromisso com algum partido. “Já conversei com líderes de partidos políticos, dois ou três. Até mesmo quando estava no Supremo fui sondado, sondagens superficiais. Ano passado, tive conversas com Marina Silva. Mais recentemente, tive conversas, troca de impressões, com a direção do PSB”, disse. “Mas nada de concreto em termos de oferta de legenda para candidatura, mesmo porque eu não sei se eu decidiria dar este passo. Eu hesito”.

Durante a cerimônia de inauguração de seu retrato na galeria dos ex-presidentes da Corte, Barbosa também afirmou que, no eventual cenário político, o país conta com o STF. “Eu não os invejo, eu não gostaria de estar aqui na Corte neste momento cataclísmico. Eu só diria o seguinte, o Brasil precisa muito dos senhores. O Brasil precisa muito desta Corte”, disse.

Em relação a possível vacância no poder em caso de queda do presidente Michel Temer, Joaquim Barbosa se posicionou a favor de uma alteração constitucional que possibilite as eleições diretas. “Veja bem, a Constituição brasileira prevê eleição indireta. Mas eu não vejo tabu de modificar Constituição em situação emergencial como esta para se dar a palavra ao povo. Em democracia, isso é que é feito”, concluiu.

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