O deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) foi acusado nesta sexta-feira (05), por uma jovem jornalista de 22 anos de tentativa de estupro, assédio sexual e agressão. O caso é investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), a pedido da Procuradoria Especial de Mulher no Senado. No depoimento prestado a Polícia Civil de São Paulo, a jornalista Patrícia Legis, ex-militante do PSC jovem, contou detalhes de como Feliciano a atraiu para seu apartamento em junho.
“Ele falou que tinha uma reunião do PSC jovem, mas quando cheguei la só estava ele”, disse. A jornalista disse em seguida o parlamentar teria tentado abusá-la sexualmente. “Ele tentou levantar meu vestido e tirar minha blusa. Como eu não deixei, ele me deu um soco na boca e um chute na perna”, afirmou. Ela contou que só conseguiu escapar porque uma vizinha ouviu seus gritos e tocou a campainha para saber se estava tudo bem.
- Foto: Agência BrasilMarco Feliciano
De acordo com a Veja, Patrícia também acusou dois políticos importantes do PSC. Ela relatou que em 16 de junho, procurou o partido para falar das agressões de Feliciano, mas ouviu uma proposta do presidente nacional do PSC, Pastor Everaldo e do deputado Gilberto Nascimento, de receber dinheiro em troca de seu silêncio e que, após esse caso, passou a ser perseguida dentro do partido.
O presidente do PSC, Pastor Everaldo, disse em sua defesa que recebeu a jornalista apenas uma vez na sede do partido e que será criada uma comissão para averiguar o caso. “Essa pessoa que está falando aí eu nunca recebi sozinho. Recebi uma única vez na sede do partido. Não conheço essa história. Não sei do que se trata”, disse Everaldo.
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