O Ministério da Educação (MEC) elaborou um pacote para diminuir o custo do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que este ano superou R$ 650 milhões. Agora, o candidato que tiver mais de três isenções na taxa do exame perderá o direito à gratuidade na quarta tentativa.
Não haverá mais certificação do ensino médio e não se aceitará a participação de “treineiros” no exame. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), há relatos de pessoas que participam de até oito edições seguidas da prova.
“Ainda estamos pesquisando quem são elas e qual a motivação para essa recorrência”, disse a secretária executiva da pasta, Maria Helena Guimarães de Castro. “Não faz sentido que façam sete vezes sem pagar. Vamos dar a oportunidade de isenção por até três edições.”
Foram acertadas entre o Inep e o Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), nesta quinta-feira (25), outras providências para tornar o Enem “mais sustentável”, como por exemplo, fazer com que a prova seja apenas para acesso ao ensino superior e não mais para que o candidato obtenha certificado do ensino médio.
- Foto: UolEnem
De acordo com informações da Veja, essa decisão foi tomada com base no índice baixo de sucesso do projeto: dos 990 mil inscritos para este fim, apenas 72 mil conseguiram o diploma. Para esse público deve ser reativado o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), suspenso há três anos. “É a melhor solução. As provas são repassadas sob sigilo aos Estados, que ficam responsáveis pela aplicação e certificação”, disse Maria Helena.
Com a mudança, o Enem também não aceitará mais a adesão de “treineiros”, candidatos que buscam conhecer a logística do exame antes de concorrer de fato à entrada no ensino superior. Neste ano, foram 1 milhão de inscritos na categoria, incluídos no cálculo geral de custos.
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