A Justiça de São Paulo concedeu liberdade provisória à ex-candidata a vereadora pelo PSOL, Brunella Hilton , presa no início de março por vender brigadeiros de maconha . A decisão foi tomada na quinta-feira (20) pelo juiz Carlos Eduardo Lora, da 3ª Vara Criminal, após análise do pedido da defesa de Brunella, uma mulher trans e ativista LGBT+.

O magistrado também aceitou a denúncia do Ministério Público, tornando-a ré pelo crime de tráfico de drogas. A prisão de Brunella ocorreu no dia 2 de março, quando policiais militares a abordaram na Avenida São João, no centro de São Paulo, e encontraram com ela mais de 800 gramas de brigadeiros de maconha.

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Brunella Hilton foi candidata a vereadora em São Paulo pelo PSOL

A acusada foi levada para o Fórum Criminal da Barra Funda, onde a defesa solicitou sua libertação, mas o pedido foi negado naquele momento. Após isso, Brunella foi transferida para o Centro de Detenção Provisória de Pinheiros II, na zona oeste da capital paulista.

A mãe de Brunella, ao não ter sido informada sobre sua prisão, registrou um boletim de ocorrência por desaparecimento em 15 de março. A 5ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Pessoas Desaparecidas posteriormente informou à família que ela estava detida. Durante sua candidatura à vereança em 2024, Brunella fez parte da Bancada dos LGBTQIA+ do Psol, recebendo 1.113 votos.

O juiz responsável pela decisão de liberdade provisória avaliou que Brunella estava em posse apenas de maconha e não de outras substâncias ilícitas. Além disso, ele considerou que a quantidade encontrada não era expressivamente elevada e destacou que ela não possuía antecedentes criminais. Apesar da liberdade provisória, Brunella seguirá respondendo ao processo por tráfico de drogas.