Funcionários terceirizados da empresa R7 Facilities, responsáveis pelos serviços prestados aos Ministérios das Mulheres e dos Direitos Humanos, estão enfrentando atrasos no pagamento de seus salários. A empresa, que atua em diversas áreas do Governo Lula , fornece mão de obra para funções como recepcionistas, auxiliares e assistentes administrativos.

De acordo com informações, trabalhadores do Ministério da Igualdade Racial não receberam seus vencimentos há cerca de dez dias. Além disso, colaboradores do Ministério dos Direitos Humanos, comandado por Cida Gonçalves , também reportaram pendências salariais, com pagamentos atrasados por mais de uma semana.

Em um comunicado enviado aos funcionários nessa segunda-feira (13), a R7 Facilities tentou justificar os atrasos, alegando que a falta de repasses financeiros de alguns órgãos públicos é a principal causa da situação. A empresa afirmou que está lidando com desafios devido à disseminação de informações falsas e distorcidas, o que agravou ainda mais o quadro. Apesar disso, garantiu que continua comprometida com suas atividades e que a ausência dos repasses foi a principal responsável pelos atrasos nos salários.

Ministério de Lula Notificou a Empresa para Esclarecimentos

No dia 9 de janeiro, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania emitiu uma notificação oficial à R7 Facilities, solicitando um esclarecimento sobre a situação no prazo de 24 horas. A notificação também se aplica aos contratos dos Ministérios da Igualdade Racial e das Mulheres, que a empresa gerencia. No entanto, até o momento, a empresa não respondeu à solicitação. Na sequência, o ministério reiterou a solicitação, mas não obteve um posicionamento formal da contratada. A pasta, por sua vez, afirmou que tem cumprido regularmente suas obrigações contratuais.

Investigações e Contratos Milionários

A R7 Facilities está sob investigação pela Controladoria-Geral da União (CGU) desde março de 2024, devido a suspeitas de uso de "laranjas" e endereços falsos. A empresa firmou contratos com o governo federal que somam pelo menos R$ 13,1 milhões, envolvendo órgãos como o Ministério da Educação, da Igualdade Racial, da Agricultura e até o Banco Central.