Os ministros Paulo Teixeira , do Desenvolvimento Agrário, e Macaé Evaristo , dos Direitos Humanos, manifestaram solidariedade aos integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) que foram alvos de um ataque em Tremembé, interior de São Paulo, na última sexta-feira (10). Segundo o MST, o ataque resultou na morte de duas pessoas e deixou ao menos seis feridos, sendo que um dos feridos faleceu no sábado (11). Durante o velório das vítimas, Teixeira declarou que os responsáveis “quiseram subtrair um lote”, mas os assentados resistiram, o que culminou no ato violento realizado por “um grupo de vândalos”.
O ministro Paulo Teixeira também enfatizou que o episódio não impedirá o avanço da reforma agrária no país, garantindo que o programa continuará com o objetivo de assentar famílias, promover a produção de alimentos e assegurar a segurança dos assentados. A pasta liderada por Teixeira tem a responsabilidade de gerir os programas de reforma agrária no Brasil, que visam à redistribuição de terras e ao fortalecimento da agricultura familiar.
Macaé Evaristo, por sua vez, destacou a vulnerabilidade dos movimentos sociais no país, afirmando que estes estão “sob linha de fogo e de tiro”. Ela ressaltou que o povo brasileiro não pode ser vítima da ação de quem se considera dono das riquezas nacionais. O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) anunciou que prestará assistência e proteção aos moradores do assentamento, reforçando ações para proteger defensores de direitos humanos e comunidades vulneráveis. Em nota, o ministério lamentou o ataque e reforçou a necessidade de fortalecer as redes de proteção.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou que a Polícia Federal (PF) investigue o caso, e uma equipe foi enviada ao local para dar início às apurações. No sábado (11), foi confirmada a prisão de um suspeito identificado como “Nero do Piseiro”, que, segundo testemunhas, liderou o ataque com a participação de um grupo que chegou em carros e motos. A PF investiga a motivação do ataque e busca identificar outros envolvidos.
Em nota, o MDHC reiterou a urgência de integrar ações entre os sistemas de Justiça, Segurança Pública e redes de proteção para garantir a segurança dessas lideranças. A pasta também destacou que intensificará iniciativas para fortalecer práticas coletivas de proteção às comunidades e organizações que atuam em defesa dos direitos humanos.