Uma petição pública, pedindo o impeachment do Ministro do Supremo Tribunal (STF), Alexandre de Moraes , alcançou na madrugada desta sexta-feira (13) a marca de 1,5 milhão de assinaturas.

Disponível em plataformas online, a petição acusa o ministro de condutas que, segundo os signatários, configuram crime de responsabilidade. O movimento ganhou força após denúncias publicadas pelo jornal Folha de S. Paulo, assinadas pelos jornalistas Fábio Serapião e Gleen Greenwald, sobre alegações de abuso de poder.

De acordo com as reportagens, mensagens entre auxiliares de Moraes no STF e no TSE mostram que o ministro decidia quem seria investigado para embasar medidas judiciais, incluindo o bloqueio de contas e a desmonetização de páginas. A petição, disponível no site chance.org, pode ser assinada por qualquer pessoa, basta fornecer nome, sobrenome e email.

A petição formal solicita ao presidente do Senado Federal , Rodrigo Pacheco (PSD-MG) , a instauração de um processo de impeachment com base na Lei 1.079/1950, que regula os crimes de responsabilidade. O documento alega que o ministro teria forjado provas e violado o devido processo legal, configurando irregularidades que, segundo os signatários, atentam contra os pilares democráticos.

A mobilização reflete o descontentamento de parte da população com a atuação Alexandre de Moraes. Em 2021, uma petição similar alcançou 4,8 milhões de assinaturas. O pedido de impeachment foi entregue ao Senado, o único órgão competente para processar ministros do STF.

Atualmente, 36 senadores são favoráveis ao pedido, 29 estão indecisos e 16 são contrários. Alexandre de Moraes já acumula 24 pedidos de impeachment, no entanto, nunca houve a disposição de um ministro do STF na história do Brasil.

Com colaboração da repórter Izabella Furtado