A revista britânica The Economist, especialista em jornalismo econômico, publicou um artigo na última quinta-feira (18), analisando o terceiro mandato de Lula . O artigo criticou a relutância do presidente em realizar cortes nos gastos e classificou o governo como “decepcionante” e que “segue a caminho do declínio controlado”.

De acordo com a publicação, a preocupação do mercado parece ter sido levada em conta agora, com o apoio de Lula e da primeira-dama, Janja, ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “Mas os sinais são confusos. O governo Lula gasta muito, e ele muitas vezes parece relutar em controlar isso. Além disso, o presidente tem se intrometido em empresas controladas pelo Estado”, consta trecho da matéria.

A principal preocupação da revista é no âmbito fiscal, já que o Fundo Monetário Internacional (FMI) avalia que o Brasil tenha acumulado um déficit primário de 2% do Produto Interno Bruto em 2023. “O problema é que, como a política fiscal tem sido frouxa, para controlar a inflação a política monetária deve ser restritiva”, disse a publicação.

“O problema é que Lula gasta como se o país fosse muito mais rico do que é. Até agora, este ano, as despesas aumentaram uns colossais 13% acima da inflação em comparação com o mesmo período do ano passado, e o défice fiscal global é de 9% do PIB. Os gastos do governo, em todos os níveis, estão chegando a quase 50% do PIB e a dívida pública a 85%”, consta outro trecho da revista.