No dia 13 de junho, o Governo Lula publicou uma medida provisória que beneficia o grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista , e onerará os consumidores com aumento no custo de energia elétrica por 15 anos. Com isso, o impacto pode superar R$ 2 bilhões por ano.
Em junho deste ano, o braço de energia do grupo, Âmbar, comprou 13 usinas da Eletrobras, sendo 12 delas da Amazonas Energia, que acumulavam cerca de R$ 10 bilhões de dívidas. Três dias depois, o governo publicou uma medida provisória que prevê que os contratos de fornecimento das térmicas sejam convertidos em contratos de energia de reserva, tirando o custo arcado pela Amazonas Energia.
O auxilio zerou o risco de compra das usinas, livrando a Eletrobras da inadimplência bilionária e compensando os irmãos Batista, gerando prejuízo a longo prazo aos consumidores. De acordo com o Estado de S.Paulo , o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, negou que tenha dado informação privilegiada à Âmbar sobre a medida provisória. Para ele, as datas da venda e da MP foram “mera coincidência”.
O jornal também apontou que representantes da empresa foram recebidos 17 vezes no ministério antes do negócio. O ministro negou as reuniões fora da agenda oficial e classificou a situação como “choro dos perdedores”, já que havia mais de dez interessados nas usinas.