O ministro Alexandre de Moraes , do Supremo Tribunal Federal (STF) , atendeu à representação da Polícia Federal e decretou, nessa quarta-feira (10), a prisão de cinco investigados de participarem da “Abin Paralela”. São eles: Giancarlo Gomes Rodrigues (militar do Exército Brasileiro); Mateus Sposito (ex-assessor da Secretaria de Comunicação Social na gestão Bolsonaro); Marcelo de Araújo Bormevet (policial federal); Richards Dyer Pozzer e Rogério Beraldo de Almeida.

Eles são suspeitos de utilizar o sistema de inteligência First Mile, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) , para elaboração de dossiês contra ministros, parlamentares e outras pessoas a fim de divulgar narrativas falsas e incitar, direta ou indiretamente, tentativa de golpe de estado e enfraquecimento das instituições.

Foto: Reprodução/Agência Brasil
Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal

“Os investigados, segundo a Polícia Federal, participaram de uma estrutura espúria infiltrada na Abin voltada para a obtenção de toda a ordem de vantagens para o núcleo político, produzindo desinformação para atacar adversários e instituições que, por sua vez, era difundida por intermédio de vetores de propagação materializados em perfis e grupos controlados por servidores em exercício na Abin. O Relatório da Polícia Federal traz prova da materialidade e indícios suficientes dos graves delitos praticados”, consta em trecho da decisão do ministro Alexandre de Moraes.

Outros investigados

Os ex-assessores José Mateus Sales Gomes e Daniel Ribeiro Lemos, ambos da equipe do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), também são alvos da Polícia Federal. Eles foram alvos de busca e apreensão. Segundo a decisão do ministro Alexandre de Moraes

Em sua decisão, o ministro Alexandre de Moraes também determinou aos ex-assessores José Mateus Sales Gomes e Daniel Ribeiro Lemos, ambos da equipe do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ): entregarem passaporte pessoal; proibição de acesso ou frequência a qualquer das dependências da Polícia Federal; roibição de manter contato com quaisquer dos investigados; proibição de ausentar-se, sem licença, do munícipio de sua residência, entre outros.