O Ministério Público do Paraná denunciou, por tentativa de homicídio qualificado, Débora Custódio, acusada de jogar ácido em Isabelly Aparecida Ferreira Moro, quando a vítima andava em via pública na cidade de Jacarezinho (PR), crime ocorrido no dia 22 de maio. A denúncia foi protocolada pelo órgão ministerial na última quinta-feira (06).
Segundo o parecer do Ministério Público, a ação feita pela denunciada se enquadra legalmente em tentativa de homicídio qualificada pelo uso de recursos que dificultou a defesa da vítima, por motivo fútil, emprego de meio cruel e feminicídio. As investigações revelaram que a acusada atacou a vítima por ciúmes do namorado.
Até o momento, Débora Custódio, acusada de jogar ácido no rosto de Isabelly Ferreira, continua presa preventivamente na Cadeia Pública de Santo Antônio da Platina. Ainda conforme a denúncia do órgão ministerial, além da condenação da acusada, também é pedida uma indenização para reparação dos danos materiais, morais e estéticos sofridos pela vítima.
O crime
No dia 22 de maio, enquanto Isabelly fazia seu trajeto rotineiro para ir à academia, ela foi atacada por uma mulher que jogou ácido em seu rosto e depois fugiu. Por conta dos ferimentos causados pelo corrosivo, a vítima precisou ficar 12 dias internadas.
Naquele dia, a suspeita de jogar o ácido usava uma peruca loira e roupas largas, mas logo foi identificada como Débora Custódio, após análise de câmeras de segurança que ficam próximo ao local do crime. Segundo a delegada Carolinne dos Santos, da Polícia Civil do Paraná , a suspeita foi submetida a interrogatório em que disse querer “dar um susto” na vítima.
Conforme a delegada, as investigações também apontaram que o ataque foi premeditado pela acusada, pois ela sabia o horário em que a vítima iria para a academia, além de ter comprado o produto químico 15 dias antes do crime.
O que diz a defesa
A defesa de Débora Custódio classificou o elemento da denúncia de tentativa de homicídio qualificada como “exagerada”, ao passo em que destacou que a denunciada não tinha a intenção de matar Isabelly, mas apenas causar lesão corporal, sendo este considerado um crime de menor gravidade.
Nesse sentido, o advogado da acusada apontou que ela já havia relatado todo o crime, em que justificou a “ação extrema” como resultado de “uma série de humilhações e provocações” supostamente sofridas pela cliente.