A Confederação Nacional de Municípios (CNM) estima que as chuvas que provocaram as enchentes no Rio Grande do Sul causaram prejuízo de R$ 11,4 bilhões às cidades afetadas no estado, segundo cálculo atualizado até sexta-feira (07).
A entidade usou como base os dados providos pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) , que aponta os prejuízos financeiros, sendo o setor habitacional o mais prejudicado, com impacto de R$ 4,6 bilhões; seguido do setor privado em geral, com perdas de R$ 4,2 bilhões; do âmbito da agricultura, que perdeu R$ 3,4 bilhões; e do setor público, prejudicado em R$ 2,5 bilhões.
O relatório da CNM especifica os principais setores públicos afetados. Confira abaixo:
- Danos materiais (instalações públicas como escolas, hospitais, prefeituras, prédios de serviços públicos, instalações de usos comunitários, etc.): R$ 431,9 milhões em prejuízos;
- Obras de infraestrutura (pontes, calçamento, asfaltamento de ruas e avenidas, viadutos, sistemas de drenagens urbanas etc.): R$ 1,7 bilhão em prejuízos;
- Sistema de transportes: R$ 136,3 milhões em prejuízos;
- Assistência médica emergencial: R$ 14,7 milhões em prejuízos;
- Sistema de esgotamento sanitário: R$ 21,6 milhões em prejuízos;
- Limpeza urbana e remoção de escombros (recolhimento e destinação): R$ 39,4 milhões em prejuízos;
- Geração e distribuição de energia elétrica: R$ 6,3 milhões em prejuízos;
- Sistema de ensino: R$ 84,3 milhões em prejuízos;
- Abastecimento de água: R$ 14,8 milhões em prejuízos;
- Sistema de controle de pragas e vetores (desinfestação e desinfecção): R$ 1,8 milhão em prejuízos;
- Distribuição de combustíveis: R$ 1,7 milhão em prejuízos;
- Segurança Pública: R$ 2,3 milhões em prejuízos;
- Telecomunicações: R$ 1,1 milhão em prejuízos.
Principais setores privados afetados
- Agricultura: R$ 3,4 bilhões em prejuízos;
- Pecuária: R$ 293,5 milhões em prejuízos;
- Indústria: R$ 267,8 milhões em prejuízos;
- Comércios locais: R$ 131,8 milhões em prejuízos;
- Demais serviços: R$ 88,4 milhões em prejuízos.
Vidas perdidas
Até essa sexta-feira (07), a Defesa Civil informou que 172 pessoas perderam a vida. Além disso, outras 445 ainda estão desaparecidas; 98,1 mil desabrigadas; 695,4 mil desalojados; 11,3 mil feridos e enfermos e um total de 4,1 milhões de pessoas afetadas.