O pai de uma adolescente de 17 anos foi preso acusado de abusar sexualmente da própria filha. O crime ocorreu enquanto a jovem estava internada na UTI de um hospital, e foi registrado por câmeras de segurança. Funcionários denunciaram o caso às autoridades. A prisão do acusado aconteceu no dia 13 de maio em São Paulo, e atualmente ele é réu por estupro de vulnerável.

Exibido na edição dessa terça-feira (11) pelo Profissão Repórter , o caso expôs o relato da equipe de enfermagem que acompanhou a internação da jovem e passou a desconfiar do pai da vítima. Um dos detalhes que chamou a atenção dos profissionais é que a frequência cardíaca da adolescente chegava a 190 batimentos por minuto quando ela ficava com o pai.

Sete funcionários do hospital foram ouvidos no decorrer da investigação, e um aspecto comum no relato das testemunhas é que o comportamento da jovem tendia a ficar mais agitado quando estava na companhia do abusador.

“Observamos que, durante o tempo que ela ficava com o pai, era o momento que realmente ela se agitava mais, ela tinha taquicardia e a equipe toda ficou em alerta, porque a gente não queria acreditar que era o que realmente a gente estava vendo ali. Era uma situação de abuso”, relatou uma das testemunhas.

A partir daí, os funcionários resolveram começar a filmar o comportamento da adolescente, além de outras situações presenciadas pelos profissionais. “Eu vi por duas vezes na noite de sexta-feira, ele abria a fralda dela por duas vezes e nós brigamos com ele que não era para ele fazer aquilo. Ele mexia muito na perna, beijava meio que de canto de boca, se esfregava na beira da cama e, ao sair, ele ajeitava a roupa e se direcionava ao banheiro”, afirmou outra profissional.

Um laudo feito pelo Instituto Médico Legal (IML) comprovou que a adolescente tinha lesões que eram compatíveis ao abuso sexual. A vítima continua internada, enquanto o pai e a mãe negam que tenha ocorrido qualquer tipo de crime. “Ele não fez nada. Um pai muito presente na vida dos meus filhos. Muito amoroso. Ali, para mim, foi um momento de desespero [...] Ninguém chamou a gente para conversar. Acharam melhor estar expondo ele. Destruiu a minha família”, afirmou a mãe da adolescente.