Depois de intensas chuvas no Rio Grande do Sul, o nível do Guaíba, em Porto Alegre, ultrapassou o recorde histórico de 1941, na madrugada deste sábado (04), ao atingir 4,96 metros de altura.
Esta marca superou os 4,76 metros que foram registrados na maior cheia ocorrida há mais de 80 anos. As tempestades já causaram cerca de 40 mortes e deixaram 68 desaparecidos, centenas de ilhados e milhares de desabrigados no Estado.
Nas décadas posteriores a 1941, o nível do Guaíba ultrapassou os três metros em apenas três ocasiões: setembro de 1967, setembro e novembro de 2023.
A Defesa Civil já registrou mais de 32 mil pessoas fora de casa e 24 mil desalojadas que recorreram à casa de familiares ou amigos. Ao todo, 235 dos 496 municípios do Estado passam por transtornos decorrentes das chuvas, que já afetaram 351.639 mil pessoas.
Mais de 8 mil pessoas já foram resgatadas com o auxílio de 18 aeronaves. Contudo, muitas famílias ainda estão ilhadas devido às condições meteorológicas desfavoráveis, como neblina.
Calamidade pública
O governador Eduardo Leite decretou estado de calamidade pública na quarta-feira, 1º de maio, com prazo de 180 dias, devido às chuvas e enchentes classificadas como desastres de nível 3. O Rio Grande do Sul inteiro foi colocado em alerta para inundações. O governador expressou preocupação com o aumento do número de mortes, pois além dos desaparecidos, há comunidades isoladas e incomunicáveis.