O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) informou, nesse domingo (14), por meio de nota, que voltou a invadir uma área de pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária ( Embrapa ) Semiárido, na cidade de Petrolina, em Pernambuco.
Militantes também invadiram uma segunda área da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), usada pela Embrapa também no município pernambucano.
Segundo o movimento, as invasões fazem parte da Jornada Nacional de Luta em Defesa da Reforma Agrária, ação que é conhecida como “Abril Vermelho”. Contudo, não há informação sobre o número de famílias presentes na invasão.
O grupo reivindica a desapropriação e assentamento sob alegação de que a área de 1,5 mil hectares é “improdutiva, ociosa e abandonada”.
Movimento cobra cumprimento de acordo
O integrante da direção nacional do movimento, Jaime Amorim, disse que o grupo voltou a ocupar a área da Embrapa pelo não cumprimento de um acordo pelo Governo Federal. "Essa área tínhamos ocupado no ano passado e saído com o compromisso assinado do Governo Federal de assentar todas as 1.316 famílias que estavam acampadas. Deixamos a Embrapa com esse compromisso. Foram 17 pontos acertados e nenhum deles foi cumprido. Agora nós voltamos para a Embrapa para lutar para que o governo cumpra a pauta firmada ano passado”, afirmou.
Programa Terra para Gente
A ação do MST ocorre às vésperas do lançamento do Programa Terra para Gente, do Governo Federal, para acelerar o assentamento de famílias no país que será anunciado nesta segunda-feira (15), pelo presidente Lula e pelo ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, no Palácio do Planalto.
O programa é uma promessa feita em 2023 pelo presidente Lula, que quer uma “prateleira de terras” improdutivas e devolutas para destinar à reforma agrária e à demarcação para quilombolas.