O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ficou em silêncio durante depoimento à Polícia Federal na tarde desta quinta-feira (22). A decisão de não responder ao interrogatório já havia sido adiantada pela defesa do ex-mandatário.
Bolsonaro chegou à sede da PF, em Brasília, por volta das 14h20, acompanhado de seus advogados. O ex-chefe do executivo foi intimado a depor sobre possível participação em suposta tentativa de golpe de Estado para se manter na presidência da República.
A defesa do ex-presidente afirmou que não teve acesso integral aos autos do inquérito que investiga o caso, razão pela qual ele foi orientado a ficar em silêncio.
Paulo Amador da Cunha Bueno, advogado de Bolsonaro, conversou com jornalistas após o depoimento e afirmou que seu cliente “nunca foi simpático” a qualquer movimentação golpista, e que ele não teme futuras delações premiadas.
Além do ex-presidente, outros investigados compareceram à PF para prestar depoimento: Almir Garnier, ex-comandante geral da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; Augusto Heleno, general e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Bernardo Romão Correia Neto, coronel do Exército; Cleverson Ney Magalhães, coronel do Exército; Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro; Marcelo Costa Câmara, coronel do Exército e ex-assessor de Bolsonaro; Mário Fernandes, ex-ministro substituto da Secretaria-Geral da Presidência; Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; Tércio Arnaud, ex-assessor de Bolsonaro; Valdemar Costa Neto, presidente nacional do Partido Liberal; e Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil.