As forças de Segurança que estão em busca dos dois fugitivos do presídio de segurança máxima em Mossoró , do Rio Grande do Norte, encontraram na manhã desta sexta-feira (16) uma camisa que faz parte do uniforme dos presos em um matagal na zona rural do município, além de um lençol, outra camisa e pegadas.
Os levantamentos realizados até agora apontam que o material encontrado pode ser de Rogério da Silva Mendonça (vulgo Querubim, Chapa ou Cabeça de Martelo ou Martelo) e Deibson Cabral Nascimento .
Outro ponto que chamou atenção dos investigadores é que dentre os materiais encontrados, há um objeto furtado da casa de um dos moradores da região. Em função disso, as buscas foram ampliadas em um raio de cerca de 15km ao redor do presídio.
Fuga inédita no Brasil
A Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) conseguiu identificar, em parte, como se deram as fugas dos membros do Comando Vermelho, Rogério da Silva Mendonça (vulgo Querubim, Chapa ou Cabeça de Martelo ou Martelo) e Deibson Cabral Nascimento (conhecido como Tatu, Deisinho ou Deicinho), ocorridas na madrugada da última quarta-feira (14) no presídio federal de Mossoró-RN.
A apuração constatou que Rogério e Deibson escaparam por volta de 3h da madrugada, quando os dois escalaram uma das luminárias e tiveram acesso ao teto. Em seguida, eles cortaram a cerca e pularam para a área externa. Como o presídio não possui muro de contenção, os dois empreenderam fuga, rapidamente.
Porém, antes de obterem êxito na empreitada inédita em presídios federais do Brasil, Rogério da Silva e Deibson Cabral conseguiram, de modo ainda inexplicável, passar por, pelo menos, 03 portas (a da cela, do corredor e do pátio). E o mais intrigante de tudo, sem ser captados pelo Circuito Fechado de TV (CFTV).
Em função disso, a Polícia Federal não descarta a possibilidade de cooptação ou falha humana, fato que poderia explicar tanta facilidade em meio a um conjunto de ações que dificultam fugas nas estruturas federais.
Obra no presídio
Para o Ministério da Justiça, uma obra que estava sendo realizada no pátio do Presídio Federal pode ter, de algum modo, contribuído para o sucesso da empreitada criminosa, tendo em vista que em função dos trabalhos que estavam sendo realizados no local, um detector de metais estava desativado e os policiais penais não estavam passando pelo procedimento, dessa forma, qualquer material terminantemente proibido poderia entrar no estabelecimento prisional.