O Supremo Tribunal Federal (STF) analisa 56 pedidos para afastar o ministro Alexandre de Moraes dos processos referentes aos eventos ocorridos no dia 8 de janeiro. Desses, 30 pedem impedimento enquanto 26 são de suspeição. Outros quatro aguardam análise.
Os acusados questionam a imparcialidade de Moraes, já que em janeiro deste ano o ministro informou ter descoberto planos de atentados contra sua própria vida. O relator dessas ações é o presidente do STF, Luís Roberto Barroso .
Ezequiel Sousa Silveira, advogado que representa todos os acusados que fizeram o pedido, diz que essa declaração coloca o ministro como vítima, não podendo exercer a jurisdição no processo em que for parte interessado, conforme o artigo 252.
A defesa alega ainda que Moraes, por intermédio de Flávio Dino, conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva , em 8 de janeiro, e na ocasião o magistrado teria orientado o trabalho da Advocacia-Geral da República, onde logo após ele ingressou com os pedidos de prisão contra os acusados.
O relatório da Polícia Federal mostra que os planos incluíam supostos atentados contra Moraes, Lula e Geraldo Alckmin , como uma tentativa de manter Bolsonaro no poder mesmo após a derrota eleitoral.