A jovem mesa-tenista Yasmin Saddock, de 13 anos, gerou repercussão nas redes sociais ao publicar críticas ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) . A atleta, que divide seu perfil no X (antigo Twitter) com a mãe, Kelly Cristina Kubis, fez um apelo público em busca de apoio financeiro para continuar no esporte, destacando as dificuldades enfrentadas devido à falta de incentivos governamentais.
No Brasil, o programa Bolsa Atleta , que poderia auxiliar Yasmin, exige idade mínima de 14 anos para inscrição. Os valores iniciais para esportistas na categoria base são de R$ 370 mensais. Sem esse benefício, Yasmin e sua família dependem de doações e de um programa da Companhia Paranaense de Energia (Copel), que oferece um incentivo de R$ 250 mensais. Esses valores são usados para cobrir custos com treinos e competições.
Recentemente, Yasmin conquistou o terceiro lugar na categoria feminina do TMB Platinum, o maior campeonato de tênis de mesa da América Latina. Apesar do destaque esportivo, a jovem relatou enfrentar dificuldades financeiras, levando-a a criticar o governo em uma publicação na sua conta do X. “Estamos vivendo em um país onde o governo está uma merda e não apoia os atletas, por isso preciso pedir ajuda para me manter no esporte”, escreveu.
A postagem ultrapassou 15 mil curtidas, mas também gerou uma onda de ataques. Perfis ligados à esquerda e apoiadores do governo Lula acusaram Kelly, mãe de Yasmin, de explorar a filha para fazer “propaganda política”. Um influenciador com 185 mil seguidores chegou a sugerir que Kelly fosse denunciada e presa.
Ataques e comentários ofensivos
Entre os detratores, o ator e ativista político Zé de Abreu acusou Kelly de explorar a imagem da filha. Já Thiago dos Reis, influenciador com mandado de prisão em aberto e ligado ao PT, chamou Yasmin de hipócrita por ser atleta e supostamente apoiar Jair Bolsonaro (PL).
Além disso, perfis que promovem conteúdo pornográfico também atacaram a mesa-tenista. Uma criadora de conteúdo adulto debochou da solicitação de Yasmin, adaptando os termos para divulgar seus próprios perfis em plataformas como OnlyFans. Outros comentários sugeriram, de forma considerada abusiva e criminosa, que a atleta de apenas 13 anos criasse um perfil na plataforma para financiar sua carreira esportiva.
Apoio e solidariedade
Em meio aos ataques, Yasmin recebeu apoio de figuras públicas. O deputado distrital Eduardo Pedrosa manifestou solidariedade, afirmando: “Conte com o apoio de quem acredita no poder do esporte e na importância de dar voz a essas lutas.”
O investidor Tiago Guitián Reis, fundador da Suno Research, doou R$ 1 mil para ajudar Yasmin na mudança para Foz do Iguaçu (PR), onde treinará com a Seleção Paranaense de Tênis de Mesa.