A defesa do general Walter Braga Netto tem se posicionado de forma a indicar que a boa relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está mantida, afastando, nesse momento, a ideia de que o oficial da reserva poderia negociar um acordo de colaboração premiada no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado no Brasil.

O novo advogado de Braga Neto, José Luís Oliveira Lima, descartou qualquer chance de o general seguir por esse caminho, da deleção. O argumento é de que ele não cometeu nenhum crime que justifique tal possibilidade.

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Jair Bolsonaro, Hamilton Mourão e Braga Netto

As especulações sobre uma possível colaboração premiada ganharam força justamente por Braga Neto ter trocado de advogado. José Luís Oliveira já defendeu o ex-ministro José Dirceu, no caso do Mensalão, e na Operação Lava Jato conseguiu fechar o acordo do empreiteiro Léo Pinheiro, dono da construtora OAS.

Braga Netto foi preso pela Polícia Federal com autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a PF, a prisão se tornou necessária porque o general tentou atrapalhar as investigações do caso.