O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu, nessa sexta-feira (08) com a equipe econômica e ministros para discutir o plano de corte de gastos, entretanto, a tentativa de chegar a um acordo foi novamente frustrada. Agora, a previsão é que a medida seja anunciada na próxima semana.

Para conseguir manter a meta fiscal de zerar o déficit das contas públicas em 2025, a equipe econômica acena para um corte de R$ 50 bilhões. Logo após a reunião, o ministro da Fazenda Fernando Haddad embarcou para São Paulo. A viagem dele para a capital paulista já estava programa, mas ele adiou o retorno por conta do encontro com o presidente Lula.

Anteriormente, Haddad anunciou que o anúncio do plano de cortes no orçamento da União seria feito ainda nesta semana. Na terça-feira (05), ele assegurou que “as coisas estavam adiantadas do ponto de vista técnico”. Já no dia seguinte, o ministro declarou que faltavam “dois detalhes” para fechar o acordo.

A necessidade do governo Lula de entregar o pacote de ajuste fiscal também visa atender as expectativas do mercado financeiro, visto que o não cumprimento da meta fiscal tem resultado na falta de confiança dos investidores.

Com a notícia da previsão do anúncio do plano de cortes, o dólar chegou a recuar, mas aumentou no dia seguinte, após Haddad postergar essa resolução para a próxima semana.

Resistência de ministros

Chefes das pastas que englobam áreas sociais têm manifestado resistência nesse plano de corte, visto que querer manter benefícios e orçamentos dos seus respectivos ministérios.

Até o momento, a ideia de um redesenho do abono salarial ainda é considerada. Esse benefício prevê um pagamento anual aos trabalhadores com carteira assinada que ganham até dois salários mínimos.