Na manhã desta quinta-feira (28), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) resgatou uma crítica que Simone Tebet (MDB) havia feito em junho de 2022, quando o dólar estava na casa dos R$ 5. Naquela época, a senadora, então no final de seu mandato, acusava o Governo Bolsonaro de ser o responsável pela valorização da moeda norte-americana.

Com a alta recente do dólar, que superou os R$ 6 durante o Governo Lula, Bolsonaro compartilhou a crítica de Tebet, afirmando “O golpe está aí. Cai quem quer!” A postagem no X (antigo Twitter) foi uma forma de reforçar a crítica de que a política econômica do atual governo, liderado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) , não está conseguindo controlar a valorização do dólar.

- O golpe está aí, cai quem quer! pic.twitter.com/UclWQRUL18 — Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) November 28, 2024

O cenário descrito por Bolsonaro é de uma valorização constante do dólar desde o final de 2022, após a saída de Bolsonaro e a posse de Lula. Embora o governo federal esperasse uma estabilização da moeda com a troca de presidentes, o valor do dólar tem seguido em alta, atingindo no dia 27 de novembro o maior patamar da história, de R$ 5,91. A situação se agravou nesta quinta-feira, quando o dólar ultrapassou a barreira dos R$ 6, ampliando o impacto dessa alta no poder de compra dos brasileiros e na economia em geral.

Simone Tebet, que criticou o Governo Bolsonaro em 2022, hoje ocupa o cargo de ministra do Planejamento e Orçamento no governo Lula. Após a derrota nas eleições presidenciais de 2022, ela foi nomeada para a equipe econômica e, desde janeiro de 2023, tem se dedicado à administração pública, agora sob a liderança do Ministério da Fazenda, comandado por Fernando Haddad.

No entanto, apesar da alta do dólar e do agravamento da situação econômica, Tebet tem se mostrado discreta sobre o tema. Diferente de sua postura crítica em relação ao Governo Bolsonaro, ela não se manifestou publicamente sobre a falta de “segurança jurídica” que poderia estar afetando os investidores e influenciando a desvalorização do real.