O senador Marcos Rogério (PL-RO) confrontou o empresário Fernando Oliveira Lima, proprietário da empresa One Internet Group (OIG), durante seu depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets nessa terça-feira (26). Fernandin OIG , como é popularmente conhecido, admitiu que hospeda em suas plataformas o jogo de apostas Fortune Tiger, o “Jogo do Tigrinho”, o que gerou uma série de questionamentos por parte do senador.

O senador Marco Rogério questionou o fato de Fernandin OIG não ter conhecimento de quem é o representante da empresa internacional no Brasil responsável por agregar os jogos. Após o empresário repetir que desconhecia quem foi o responsável pelo contrato para hospedar o Jogo do Tigrinho em sua plataforma, o parlamentar o confrontou.

“Ou você opta por exercer seu Direito Constitucional ao silêncio, que você já foi buscar no Supremo Tribunal Federal, ou você começa a dizer a verdade. Porque não adianta vir aqui pintar um cenário de que tá tudo certo, mas quando se pergunta objetivamente questões básicas, vossa senhoria sai pela tangente. Seu presidente [da Comissão] olhe a gravidade do que estamos ouvindo no âmbito desta CPI. O representante de uma plataforma está dizendo que tem um operador operando no Brasil jogos que são uma tragédia ao Brasil, e ele está dizendo que não sabe quem é o representante, ele não sabe com quem tratou, mas assinou o contrato e estão operando no Brasil. Estão tratando o Brasil como casa da Mãe Joana”, declarou o senador do PL.

Depoimento na CPI

Fernandin OIG foi convocado à CPI das Bets, que também apura irregularidades e lavagem de dinheiro em sites de aposta, e está sob relatoria da senadora Soraya Thronicke . Ele foi indicado como um dos representantes do “Jogo do Tigrinho” no Brasil, mas negou representar e ter relação ou contato direto com os provedores e representante do jogo, visto que presta o serviço de hospedagem na plataforma através de um agregador de jogos responsável por contatar o provador do Fortune Tiger.

A empresa One Internet Group (OIG), de Fernandin, é suspeita de facilitar operações de apostas online, o que também levantou suspeitas sobre possíveis práticas ilícitas e lavagem de dinheiro. "Queria dizer para vocês que eu não sou dono do Tigrinho, que foi colocado uma narração como dono, e eu queria dizer para vocês da Casa e para todo o Brasil que eu não sou", afirmou o empresário.