O Tribunal do Júri inicia, nesta terça-feira (26), o julgamento dos três ex-policiais rodoviários federais acusados de matar Genivaldo de Jesus Santos em uma espécie de câmara de gás, crime ocorrido na cidade de Umbaúba, no estado de Sergipe, em 25 de maio de 2022. O juiz federal Rafael Soares Souza, da 7ª Vara Federal em Sergipe, presidirá as sessões no Fórum Estadual da Comarca de Estância.
Os ex-policiais Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Kléber Nascimento Freitas e William de Barros Noia serão julgados pelos crimes de tortura e homicídio triplamente qualificado.
O júri será composto por sete jurados, cidadãos maiores de 18 anos convocados pela Justiça Federal. Eles receberão o processo e acompanharão os depoimentos das testemunhas e a argumentação da defesa dos réus.
O grupo decidirá se os réus serão absolvidos ou condenados pela morte de Genivaldo, e o juiz definirá a pena de cada réu. O julgamento deve durar sete dias.
Relembre o caso
Em 25 de maio de 2022, os três ex-policiais rodoviários federais abordaram Genivaldo, imobilizaram-no, jogaram-no no chão e o chutaram. Logo após, colocaram a vítima no porta-malas de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal e jogaram gás lacrimogêneo dentro do veículo. O procedimento é conhecido popularmente como “câmara de gás”, em referência ao que o Nazismo praticou contra judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
As investigações apontaram que Genivaldo ficou 11 minutos e 27 segundos em contato com os gases tóxicos na parte de trás da viatura.