O senador piauiense Ciro Nogueira (Progressistas) criticou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê o fim da jornada de trabalho na escala 6x1, com seis dias de trabalho e um de folga. Para ele, a proposta de uma escala 4x3 é algo inviável no Brasil, especialmente diante do cenário fiscal que o país enfrenta atualmente, em que os juros ditam a economia. Ciro falou sobre o tema nessa terça-feira (12) nas redes sociais, em que defendeu a construção de “um alicerce econômico” como prioridade do governo brasileiro.
“Dizer que isso é viável no Brasil de hoje é mentir para a população. E isso eu não faço. No passado tentaram colocar na Constituição um teto para a taxa de juros, mas essa ideia também não funcionou. Isto porque a realidade não pode ser ditada por um texto. O que é preciso é que se mude a realidade. Dizer que isso é viável no Brasil de hoje é mentir para a população. E isso eu não faço. No passado tentaram colocar na Constituição um teto para a taxa de juros, mas essa ideia também não funcionou. Isto porque a realidade não pode ser ditada por um texto. O que é preciso é que se mude a realidade”, declarou o senador.
O presidente do PP reforçou que é a favor da mudança na jornada de trabalho dos brasileiros, porém, essa alternativa só será possível quando o país equilibrar as contas, reduzir os gatos, para assim atrair novos investimentos e garantir o crescimento econômico. “Sou a favor de qualquer mudança na jornada de trabalho dos brasileiros, mas temos que antes pensar bem. O Brasil precisa crescer, precisa de empresas investindo em um governo que pare de desperdiçar. Precisamos finalmente voltar a ter uma década vencida e não de décadas perdidas”, argumentou.
Nesse caso, o senador piauiense reforçou que no momento, pautas “ideológicas” também representam uma solução para resolver os problemas “reais” da população. A declaração o levou a um comparativo entre as eleições dos Estados Unidos e em São Paulo, em que os candidatos que defenderam o desenvolvimento econômico, a redução dos preços, venceram.
PEC vai tramitar na Câmara
Nesta quarta-feira (13), o texto da PEC que prevê o fim da escala de trabalho atingiu as 171 assinaturas mínimas necessárias para começar a tramitar na Câmara dos Deputados. O texto é de autoria da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), baseada no Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), liderada pelo vereador eleito Rick Azevedo (PSOL), do Rio de Janeiro.
Dos 10 parlamentares piauienses, apenas quatro assinaram a petição, todos do PT: Francisco Costa, Florentino Neto, Merlong Solano e Flávio Nogueira.