O deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP), aliado de Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, afirmou que não quer mais a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na campanha para o segundo turno das eleições na capital paulista. Ele afirmou que a decisão partiu após a postura do ex-presidente durante o primeiro turno, quando deixou as eleições em São Paulo como segundo plano, enquanto participava ativamente da campanha de Alexandre Ramagem (PL), no Rio de Janeiro.
“O que pode atrapalhar o Nunes é o Bolsonaro querer fazer campanha agora. Se Bolsonaro entrar agora na campanha do Nunes, só vai atrapalhar. Quando a gente precisou dele, ele não foi. Agora não precisamos mais. Bolsonaro agora quer vir na janelinha? Janelinha não”, afirmou o deputado federal.
Às vésperas da votação, com uma disputa acirrada entre Nunes, Guilherme Boulos (Psol) e Pablo Marçal (PRTB), Jair Bolsonaro chegou a mencionar que iria deixar o pleito na maior cidade do país “para depois”. Além disso, ele também alertou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para não associar sua imagem excessivamente ao candidato emedebista.
Isso porque, na avaliação do ex-presidente, o governador poderia ser prejudicado se a campanha de Ricardo Nunes não desse certo. Entretanto, com o resultado contrário à suposição de Bolsonaro, Nunes agradeceu o apoio de Tarcísio.
“Eu quero fazer um agradecimento especial ao governador Tarcísio de Freitas. Tarcísio tem nos ajudado muito antes das eleições. Tarcísio tem sido um grande irmão, tem nos ajudado muito nos trabalhos que a gente vem desenvolvendo na prefeitura. O Tarcísio, além desse trabalho fundamental entre a Prefeitura e o Governo do Estado, [foi fundamental] também durante a campanha. Não mediu esforços. Uma pessoa corajosa, determinada, leal, amiga, que eu nunca vou esquecer na minha vida.”, afirmou o prefeito de São Paulo ao avançar para o segundo turno.
Conforme alguns aliados do prefeito de São Paulo, a tendência é que na disputa contra Guilherme Boulos, o eleitorado de direita opte automaticamente por Nunes.