O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin atendeu ao pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e arquivou um inquérito da Operação Lava Jato, nessa quinta-feira (03). O inquérito trata sobre suspeitas de propinas a políticos do MDB.
“Diante da interpretação dos fatos e das premissas investigativas, verificada pela Procuradoria-Geral da República, quanto à inexistência de indícios suficientes da prática de crimes pelos investigados, e em face do entendimento sedimentado na jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, vocaciona acolhimento a promoção de arquivamento formulada pelo Ministério Público Federal”, justificou o ministro do STF.
A decisão beneficia o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Jader Barbalho (MDB-PA), além dos ex-senadores Valdir Raupp (MDB-RO) e Dario Berger (ex-MDB) e também o ex-ministro Guido Mantega.
É comum que os ministros encerrem a investigação logo que a PGR pede o arquivamento de algum inquérito.
O inquérito foi aberto no ano de 2018, depois de delações premiadas do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado e do ex-diretor da J&F Ricardo Saud. O executivo admitiu propinas de R$ 40 milhões a senadores do MDB nas eleições de 2014. Segundo ele o pagamento da propina foi a pedido do PT.
Mesmo com a decisão, Fachin estipulou um prazo de cinco dias para que a PGR decidida se dará sequência à investigação, mas, somente em relação ao ministro dos Transportes, Renan Filho, e seu ex-marqueteiro Carlos Adriano Gehres.