O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e o ex-deputado federal Deltan Dallagnol usaram as redes sociais nesta terça-feira (29) para repudiar a decisão do ministro Gilmar Mendes , do Supremo Tribunal Federal ( STF ), que anulou todas as condenações contra o ex-ministro José Dirceu (PT).

Moro e Dallagnol, ex-juiz e ex-procurador da República, respectivamente, foram uns dos principais nomes da Operação Lava Jato, da qual Zé Dirceu foi alvo.

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado e Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Sergio Moro e Deltan Dallagnol

Na avaliação de Sergio Moro, não existe base de sustentação para a anulação da condenação de Dirceu na Lava Jato. O em-ministro da Justiça ressaltou que o combate à corrupção foi esvaziado no Brasil

“Além da condenação anterior no Mensalão, foi ele condenado na Lava Jato por três instâncias, inclusive pelo STJ. Segundo esses julgados, há prova documental do pagamento de suborno oriundo de contratos da Petrobras. Todos esses magistrados estavam de conluio? Um conluio do qual não há registro ou prova, apenas uma fantasia! O combate à corrupção foi esvaziado no Brasil sob a benção do Governo Lula/PT”, declarou Moro.

Não existe base convincente para anulação da condenação de José Dirceu na Lava Jato. Além da condenação anterior no Mensalão, foi ele condenado na Lava Jato por três instâncias, inclusive pelo STJ. Segundo esses julgados, há prova documental do pagamento de suborno oriundo de… — Sergio Moro (@SF_Moro) October 29, 2024

Já Deltan Dallagnol disse que decisões como esta “blindam políticos e empresários amigos do sistema”. O ex-procurador da República disse ainda que Gilmar Mendes atacou a Lava Jato.

A decisão do ministro Gilmar Mendes de anular todas as condenações de José Dirceu, citando uma suposta “confraria” entre o juiz Sergio Moro e os procuradores da Lava Jato, é mais uma prova da hipocrisia suprema de Gilmar, que coa um mosquito mas engole um camelo quando o assunto… pic.twitter.com/6CRzBHOAb6 — Deltan Dallagnol (@deltanmd) October 29, 2024

“Como o sistema não consegue explicar as provas da corrupção, usa falsos pretextos e narrativas em decisões que blindam políticos e empresários amigos do sistema e assim tudo continua como sempre foi”, afirmou.