O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira , comunicou que o Governo Federal descartou a possibilidade de voltar a adotar o horário de verão em 2024. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (16), após reunião entre o chefe da pasta e representantes do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Em coletiva de imprensa, Silveira destacou que neste ano ainda não há necessidade de retornar com a medida, especialmente porque hoje o país tem sua segurança energética assegurada. “É o início de um processo de restabelecimento da nossa condição hídrica ainda muito modesto, mas temos condições de chegar, depois do verão, em condição de avaliar a volta desta política [para os próximos anos”, afirmou o ministro.
Ainda segundo Alexandre Silveira, a adoção do horário de verão deve ser algo pensado minuciosamente e previamente, visto seu impacto no setor elétrico e econômico. Por essa razão, a medida não pode ser descartada. Em suma, o ministro de Minas e Energia também justificou que a volta da política neste ano não traria os resultados esperados.
“O pico do custo-benefício do horário de verão é nos meses de outubro e novembro, até meados de dezembro. Se nossa posição fosse decretar o horário de verão agora, usufruiríamos muito pouco deste pico. Porque teríamos que fazer um planejamento mínimo para os setores poderem se adaptar. Conseguiríamos entrar com isso só em meados de novembro e o custo-benefício muito pequeno”, concluiu.
A avaliação da volta do horário de verão foi uma alternativa encontrada pelo Governo Federal para o enfrentamento do que, segundo definição do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), é considerada a pior seca do país.