O Conselho Regional de Farmácia do Rio de Janeiro (CRF-RJ) informou, por meio de nota divulgada nesse domingo (13), que o Laboratório PCS Saleme , responsável pelos testes de HIV dos doadores de órgãos que transmitiram vírus a transplantados, não possui registro junto à entidade.
O CRF-RJ classificou o caso inédito como sendo de extrema gravidade e ressaltou que está colaborando com a investigação dos órgãos competentes.
“Na qualidade de entidade responsável pela fiscalização e defesa da saúde pública, o CRF/RJ considera este caso inédito de extrema gravidade. O Conselho reforça sua colaboração aos órgãos competentes na realização de uma investigação minuciosa com o propósito de responsabilizar adequadamente os envolvidos”, diz a nota do CRF-RJ.
Ainda segundo a entidade, não havia farmacêutico registrado atuando no laboratório. “É importante esclarecer que o ‘Laboratório PCS Saleme’, mencionado no contexto do caso, não possui registro como estabelecimento junto ao CRF/RJ e não há farmacêutico registrado atuando neste local”, completa a nota.
Entenda o caso
Seis pessoas que estavam na fila do transplante da Secretaria de Estado da Saúde do Rio de Janeiro receberam órgãos infectados por HIV de dois doadores, e acabaram testando positivo para o vírus. O caso é inédito na história do serviço de transplantes no Brasil.
O Governo do Rio informou que houve erro em dois exames do PCS Lab Saleme, indicando falsos negativos para HIV nos doadores. O laboratório privado fica em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e foi contratado pela Secretaria de Saúde em dezembro do ano passado.
Sócio do laboratório foi preso
O médico ginecologista Walter Vieira, sócio do Laboratório PCS Lab Saleme, foi preso na manhã desta segunda-feira (14), pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, durante a Operação Verum.