Integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) pesquisaram sobre os endereços em Brasília de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, e de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atual presidente do Senado. Segundo relatórios de inteligência do Ministério Público de São Paulo e da Polícia Federal, o objetivo da organização criminosa era realizar uma “missão”.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo , que obteve acesso aos referidos documentos de investigação, a PF encontrou fotos aéreas das residências oficiais de Lira e de Pacheco, com comentários sobre os imóveis, em um dos celulares apreendidos na investigação da corporação.

Além de conseguir a localização das residências oficiais dos chefes do Congresso, o PCC também enviou um seleto grupo de integrantes da facção para Brasília visando pôr em prática a missão, afirma o Ministério Público.

“Missão” em Brasília

O MP-SP também conseguiu chegar a anotações sobre prestação de contas da organização criminosa em Presidente Prudente. Esses registros mostram que em maio, junho e julho de 2023 a célula criada para a "missão em Brasília" gastou R$ 2.500 por mês com o aluguel de um imóvel na capital federal, usada como base de apoio para os integrantes do PCC destinados à "missão".

Além disso, o MP-SP afirma que em dois meses a célula gastou cerca de R$ 44 mil para a compra de "aparelhos celulares, aluguel de imóvel, transporte, seguro, IPTU, alimentação, hospedagem, mobília do imóvel, compra de eletroeletrônicos, etc.".

"É possível verificar ainda que o dinheiro gasto com a missão estava sendo fornecido pela FM Baixada, célula que gerencia os pontos de venda de droga da organização no litoral paulista e Vale do Paraíba", diz trecho do documento do órgão ministerial de São Paulo.

Segundo o MP-SP, o dinheiro gasto na missão era fornecido pela FM Baixada, uma célula que gerencia os pontos de venda de droga da organização. "É possível verificar ainda que o dinheiro gasto com a missão estava sendo fornecido pela FM Baixada, célula que gerencia os pontos de venda de droga da organização no litoral paulista e Vale do Paraíba", diz trecho do documento.

Motivação

Para o Ministério Púbico de São Paulo, a proibição de visitas íntimas nos presídios federais, onde estão detidos a maioria de suas lideranças, seria o motivo para o PCC planejar atentados desse tipo contra autoridades.