O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas , tomou uma decisão enérgica em relação a três investigadores e um delegado da Polícia Civil de São Paulo (PC-SP) que foram presos por atuarem como infiltrados do Primeiro Comando da Capital (PCC). A determinação ocorre após o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) rejeitar a apelação criminal dos ex-policiais em julho deste ano.

Segundo o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), os policiais recebiam valores em troca de informações sigilosas, contribuindo para a liberdade de membros da organização criminosa e impulsionando o tráfico de drogas.

O delegado Fernando Toshiyuki Fujino e os investigadores Carlos Moroni Filho, Marcos Roberto Munhoz e Willian Felipe Martins Soares foram presos durante uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-SP, que visava integrantes do PCC. No total, 25 pessoas foram detidas na operação.

Os policiais estavam sendo monitorados por escutas telefônicas, sendo acusados de receber propina para proteger traficantes da facção criminosa quando atuavam na Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) de Sorocaba. As acusações incluem crimes como formação de quadrilha, falsidade ideológica, concussão, extorsão, tráfico de entorpecentes e associação para o tráfico, além da divulgação de informações sigilosas.

Moroni e Munhoz foram condenados em 2019 a seis anos de prisão em regime semiaberto, com a perda dos cargos, por vazamento de informações sigilosas e falsidade ideológica. Já Fujino e Soares pegaram dois anos em regime semiaberto, também com a perda dos cargos, por concussão. Eles foram presos em setembro deste ano para o cumprimento das penas.