O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, na quinta-feira (30), que um cidadão brasileiro mantido refém pelo grupo extremista Hamas deve ser libertado nos próximos dias. A declaração foi feita após uma reunião com o emir do Qatar, Tamim bin Hamad al-Thani, em Doha, onde Lula agradeceu o papel do país na libertação dos brasileiros na Faixa de Gaza.
Em 13 de novembro, Lula recebeu na base da Força Aérea Brasileira, em Brasília, 22 brasileiros e 10 familiares palestinos que estavam na Faixa de Gaza. O avião, que pousou às 23h24min, estava há quase um mês no Egito aguardando autorização para resgatar os brasileiros.
A retirada do grupo de Gaza ocorreu após uma série de tentativas frustradas. Na sexta-feira (10), a passagem do grupo foi autorizada, mas eles não conseguiram cruzar a fronteira em Rafah, no Egito, porque o posto permaneceu fechado.
Inicialmente, 34 pessoas haviam solicitado ajuda ao governo brasileiro para sair da região. No entanto, segundo o Ministério das Relações Exteriores, duas pessoas desistiram da repatriação e decidiram permanecer na região em guerra.
No Brasil, os repatriados ficarão alojados na FAB (Força Aérea Brasileira), em Brasília, por duas noites. Como nem todos têm casa no país e alguns são palestinos, o governo deve oferecer apoio e documentação.