Se o nome de Flávio Dino , indicado pelo presidente Lula (PT) para o Supremo Tribunal Federal (STF), for aprovado pelo Senado, a ministra Cármen Lúcia será a única mulher entre os ministros da Corte, após a aposentadoria da ministra Rosa Weber em outubro deste ano.
Flávio Dino foi indicado para a vaga deixada por Rosa Weber, apesar dos pedidos de setores progressistas que defendiam a indicação de uma mulher negra para o STF. O presidente Lula já havia afirmado que gênero e cor não seriam critérios para sua escolha. Ele já havia indicado o ministro Cristiano Zanin para o STF este ano, reforçando sua preferência por nomes de seu círculo de confiança.
Desde a instalação do STF em fevereiro de 1891, 171 ministros já passaram pela Corte, incluindo apenas três mulheres. A primeira magistrada a ser nomeada para o tribunal foi a ministra Ellen Gracie, indicada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso.
A segunda mulher a compor o Supremo foi a ministra Cármen Lúcia, indicada pelo presidente Lula em 2006. Ela poderá permanecer no cargo até 2029, quando atingirá a idade para aposentadoria compulsória. A terceira mulher a ocupar uma cadeira de ministra foi Rosa Weber, indicada em 2011 pela presidente Dilma Rousseff.
O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, elogiou a escolha de Flávio Dino para a vaga. No entanto, o magistrado fez ponderações sobre a ausência de mulheres nos tribunais superiores.