O governador Rafael Fonteles (PT) tem vivido tempos fatigantes para acalmar os ânimos da base aliada, que discute as eleições de 2026 desde já. Na quinta-feira (30), por exemplo, o líder do Executivo precisou chamar ao Palácio de Karnak o deputado estadual Georgiano Neto , o maior interessado no fim da fusão cruzada entre PSD e MDB, para pedir a manutenção da aliança.
A fonte da Coluna é bem próxima a todas as siglas ligadas ao Karnak e nos informou que, após a reunião, a decisão pela manutenção da fusão ficou apalavrada e que dificilmente mude daqui para frente.
Em janeiro, líderes do PSD passaram quase todo o mês ameaçando o fim da fusão, quando diziam que tal acordo não era tão importante para a sigla. As declarações deixavam os emedebistas um pouco intimidados, visto que tal aliança é mais interessante para o MDB.
Fusão cruzada?
Apelidada de fusão cruzada, a estratégia consiste em todos os candidatos ao cargo de deputado estadual de ambos os partidos disputarem em apenas uma legenda, e todos os que pleiteiam a Câmara Federal, na outra sigla.
A manobra ajuda na sobrevivência política da sigla que está mais em baixa – a emedebista, no caso. Georgiano Neto, por exemplo, é cria do PSD, mas disputou o cargo de deputado estadual pelo MDB, em 2022, quando foi disparadamente o mais votado, com 109.025 votos, e se tornou, assim, puxador de votos (ajudando na eleição de emedebistas menos votados).
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1