O empresário Antônio Edeiane Soares Batista , que atua no ramo de revenda de veículos na cidade de Altos, região metropolitana de Teresina, procurou este colunista para esclarecer que não possui envolvimento com o tráfico de drogas e que, ao final da investigação produzida pelo Departamento de Repressão Estadual ao Narcotráfico (DENARC), a promotora de Justiça, Ana Cecília Rosário Ribeiro , não ofereceu denúncia à Justiça por entender que Edeiane Soares não possuía qualquer relação com os fatos narrados na investigação do DENARC .

Edeiane Soares chegou a ser preso no dia 24 de julho de 2024, durante a Operação Denarc 42, que investigou um grupo responsável pelo envio de drogas sintéticas de São Paulo para o estado do Piauí. No entanto, ele afirmou que seu nome surgiu na investigação em razão de uma chave PIX de uma de suas empresas, que foi interceptada no diálogo entre dois criminosos, mas que, em nenhum momento, chegou a ser realizada qualquer transação financeira entre o grupo investigado e sua empresa ou qualquer conta vinculada a Edeiane Soares.

Foto: Alef Leão/GP1
Antônio Edeiane Soares Batista

“Eu estou procurando os meios de comunicação para relatar que sou e sempre fui inocente em relação a esse caso. É tanto que tenho um vídeo em que o próprio delegado, que no início me acusou, diz agora que não sou mais a pessoa que ele achou que eu era. No caso, ele me inocenta, né? O próprio inquérito policial mostra uma conversa entre um Denis Júnior e uma pessoa chamada Ana Paula e, nessa conversa, eles encaminham a chave PIX comercial, vale lembrar que é a chave PIX comercial da empresa, em que todos os clientes fazem pagamento. Então, essas pessoas encaminham a chave PIX na conversa, pedindo pagamento de R$ 1.800,00. Portanto, a Polícia Civil achou que eu era esse Denis Júnior, que estava conversando com essa Ana Paula, e pediu minha prisão, baseado nisso. Se eu recebo diversos pagamentos de diversos veículos que compro e vendo, como é que eu iria saber quem é essa pessoa que queria fazer esse pagamento por meio de uma chave comercial? Diga-se de passagem, esse pagamento, a transferência desse valor sequer foi depositado na conta da minha empresa, esse valor não caiu na minha conta e eu comprovei isso por meio do extrato bancário”, explicou o empresário Edeiane Soares.

Foto: Alef Leão/GP1
Edeiane Soares

O empresário Edeiane Soares afirmou que a própria Polícia Civil, na investigação, juntou a chave PIX da empresa dele, simulou um pagamento para descobrir qual nome estava vinculado a essa chave PIX e anexou isso ao juiz para pedir sua prisão.

Empresário afirma que tentou suicídio

“O maior prejuízo causado em função da minha prisão foi a repercussão emocional, que foi o mais grave, porque eu entrei em depressão e tive que fazer tratamento. Eu tentei suicídio e, para isso, tive acompanhamento com um psicoterapeuta, mas agora me sinto melhor a ponto de buscar os meios de comunicação para esclarecer tudo isso. Então, o que eu quero é, realmente, mostrar a verdade para as pessoas, restabelecer a verdade, pois eu não tenho nada a ver com essa acusação, eu sequer conheço qualquer pessoa presa nessa operação. No dia em que fui preso, me colocaram junto com essas outras pessoas, falaram que eram meus amigos, mas eu nunca vi nenhum deles. Como eu falei, a gente entende que tem todas as provas para mostrar que não tenho nada a ver com esse crime", ressaltou.

Foto: Alef Leão/GP1
Empresário Antônio Edeiane Soares Batista

"O que eu quero é que as pessoas comecem a me ver como eu era antigamente. Quando eu chego em algum lugar, as pessoas que estão à volta ficam comentando. Eu moro em uma cidade pequena e isso tudo trouxe um prejuízo não só emocional, mas financeiro, pois deixei de ter muitos parceiros comerciais e estou tentando retomar minha vida. Nenhum empresário, nenhuma pessoa quer manter uma parceria, pois já fica com medo de ser vinculado. Então, isso prejudicou demais a minha vida financeira, emocional e a vida da minha família", finalizou o empresário Edeiane Soares.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1