A Câmara dos Deputados vai votar nessa terça-feira (24) o projeto de lei que limita a cobrança do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transporte. De norte a sul a sociedade se questiona como seus representantes no Congresso vão se posicionar, e no Piauí a população acendeu o alerta vermelho em relação ao senador Marcelo Castro (MDB), que admitiu votar contra a proposta, portanto, contra o povo.
Em entrevista à imprensa nesta segunda-feira (23) o senador, inacreditavelmente, demonstrou preocupação com os “prejuízos” que os governadores podem sofrer, caso os impostos sejam reduzidos.
“Todos os governadores, de todos os estados do Brasil, já fizeram o seu planejamento, já fizeram o seu orçamento nessa alíquota de ICMS que existe hoje. Então, modificar essa alíquota no meio do caminho, não sei como é que ficaria o orçamento para os compromissos que já foram assumidos”, disse Marcelo Castro.
A fala do parlamentar é uma verdadeira afronta ao contribuinte piauiense, que paga a gasolina mais cara do Brasil. No Piauí, a alíquota é de 31% – uma das maiores do Brasil – e o senador defende isso ao invés de 17%, como está sendo proposto. Cabe ressaltar que não são apenas os donos de veículos que sofrem com um combustível tão alto, afinal, o preço acaba incidindo sobre alimentação, transporte público e outros setores básicos.
Não fosse tão absurdo o posicionamento de Marcelo Castro, poderíamos até elogiar sua ousadia, considerando que neste ano teremos eleições e o filho do senador, Castro Neto, será candidato a deputado federal.
A pergunta que fica é: será que o parlamentar e os membros de sua família merecem os votos do eleitorado piauiense?
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
Ver todos os comentários | 0 |