Um professor foi denunciado por pais e alunos de uma escola estadual no município de Assis, no interior de São Paulo, por compartilhar sua vida pessoal como travesti e garota de programa em uma turma do oitavo ano do Ensino Fundamental. Os alunos da classe teriam aproximadamente 12 anos.
As falas foram registradas pelos próprios estudantes na segunda-feira (11). Em áudios gravados por eles, o professor pergunta aos estudantes se alguém tem “problema” com travesti, porque “se tiver, a gente resolve na gilete”, afirmou. Ele ainda disse que atua como garota de programa travesti para ganhar dinheiro aos finais de semana, detalhando as situações.
“O salário de professor é muito baixo, e a renda extra que eu faço como F., eu ganho muito mais do que como professor, porque eu tenho vários clientes. Eu não, a F. tem vários clientes. Não fique chocado. Você nunca teve um professor que é travesti à noite?”, questionou ele.
Ele ainda dá detalhes do trabalho e afirma que atende “tanto com meninos quanto com meninas”. Logo em seguida, ele diz que vai deixar que os alunos perguntem “a respeito da travesti” e os estudantes o questionam sobre relações sexuais com homens e mulheres e, até mesmo, com outras travestis.
“A F. é flexível… Depende do cliente. Se o cliente quiser que a F. seja passiva, vai ter que pagar mais”, revelou o professor aos alunos. Ele ainda completa dizendo que “o programa completo, onde a F. faz barba, cabelo e bigode, que é o termo para 'faz tudo', chupa, come, dá, beija, faz tudo, é R$ 300 para passar no máximo uma hora e meia com a pessoa”.
A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo se manifestou sobre o caso e afirmou que a “Diretoria de Ensino (DE) de Assis tomou as providências necessárias assim que foi comunicada do ocorrido, em 11 de março. Uma comissão preliminar foi instalada e o professor está afastado do exercício das funções”.