A empresa Enel tem até o próximo dia 21 de novembro para quitar sua dívida com o Poder Público, conforme encaminhamento emitido na última segunda-feira (4). A multa foi aplicada porque, após uma tempestade, mais de 3,1 milhões de pessoas ficaram sem energia elétrica na região metropolitana de São Paulo, e o problema demorou dias para ser totalmente solucionado.
De acordo com o Procon-SP, esta é a terceira multa imposta à Enel em um período de um ano, todas motivadas por má prestação de serviços após apagões no Brasil. Em novembro do ano passado, a Enel foi penalizada em aproximadamente R$ 12,7 milhões após um apagão que afetou mais de 2,1 milhões de pessoas diariamente.
Em nota, a Enel não confirmou o pagamento da multa, preferindo um discurso voltado aos clientes, no qual enfatizou seu compromisso com eles. A empresa afirma que pretende continuar investindo para minimizar o impacto no serviço diante do aumento da intensidade e frequência de eventos climáticos extremos como esse.
Uma segunda multa, também de R$ 12,7 milhões, foi aplicada por falhas nos serviços em março deste ano. “Os prazos para recurso da segunda autuação, realizada no primeiro trimestre deste ano (apagão de março), também de R$ 12,7 milhões, ainda estão vigentes”, informou o Procon-SP, em nota.
A Enel também comentou sobre o vendaval de outubro, afirmando que “foi o mais forte registrado na região metropolitana nos últimos 30 anos”. A empresa destacou que, entre os mais de 3 milhões de afetados pelo apagão, 1 milhão de consumidores tiveram o fornecimento de energia restabelecido na mesma noite. “A companhia precisou reconstruir trechos inteiros da rede elétrica e restabeleceu a energia gradativamente para todos os clientes afetados em menos de seis dias”, informou a Enel, em comunicado.