Mais de 250 mil imóveis na Grande São Paulo estão há quatro dias sem energia elétrica. Conforme informações divulgadas nessa segunda-feira (14) pela Enel , ainda não há previsão para a regularização do fornecimento.
Mesmo sob pressão crescente da prefeitura de São Paulo, do Governo do Estado e do Governo Federal, a Enel continua sem apresentar uma resposta e os paulistanos seguem tendo que conviver com os efeitos do evento climático extremo que atingiu a região e outras localidades no interior do Estado na última sexta-feira (11).
Bairros da zona sul da capital paulista, como Jabaquara, Santo Amaro, Pedreira e Campo Limpo, foram os mais atingidos. Já cidades vizinhas, como Cotia, Taboão da Serra e São Bernardo do Campo, também enfrentam problemas.
São Paulo possuía mais imóveis sem energia elétrica um dia depois de uma tempestade do que o Estado da Flórida nos Estados Unidos, durante o mesmo período após o furacão Milton devastar a região, o que indica uma falta de políticas de planejamento e prevenção de catástrofes climáticas por parte do poder público.
Consequências da crise climática
Os eventos extremos causados pela crise climática foram apontados pela Enel como principal fator causador do último evento climático extremo, uma tempestade com ventos chegando a 100 Km/h, que fez com que galhos de árvores se soltassem e atingissem a rede elétrica, danificando gravemente os fios e dificultando também a recuperação da rede elétrica.
Falta de água
A falta de energia afetou também o abastecimento de água em várias áreas. Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), bairros como Cidade Júlia e Parque do Lago, na zona sul, ficaram sem água na noite desta segunda-feira (14).
Vista Alegre, em Embu das Artes, e Casa Grande, em Diadema, também estão sem fornecimento.