A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (Iarc) avaliou recentemente o potencial efeito cancerígeno do aspartame, um dos adoçantes artificiais mais usados no mundo, inclusive para adoçar a Coca-Cola zero açúcar.
A agência chegou a essa conclusão no início deste mês após uma reunião com especialistas externos do grupo. Essas reuniões são feitas sistematicamente com o objetivo de avaliar se determinada substância é um potencial perigo ou não, com base em todas as evidências publicadas até a data da reunião.
Com isso, a agência pretende atualizar a avaliação de risco do aspartame, incluindo a revisão da ingestão diária aceitável dessa substância. Esse resultado será divulgado em conjunto com o Comitê Misto FAO/OMS de Especialistas em Aditivos Alimentares, no dia 14 de julho.
O limite atual de ingestão do aspartame é de 50 mg/kg por dia. O de outros adoçantes artificiais como a sacarina e a sucralose é de até 15mg/kg e 5mg/kg, respectivamente.
Por enquanto, os resultados permanecerão confidenciais até 00:30 do dia 14 de julho, quando será divulgado o resumo do estudo, horas antes de sua apresentação.
O aspartame é um adoçante artificial usado desde 1980. Os efeitos da substância na saúde foram investigados pela primeira vez em 1981. Já os adoçantes artificiais não nutritivos em geral são alvos da Organização Mundial da Saúde (OMS) desde maio, quando a entidade afirmou que eles não devem ser usados para perda nem manutenção do peso corporal. A diretriz incluía o aspartame.
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