O Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), da Fiocruz, está investigando a morte de uma mulher de 42 anos causada por gripe suína na cidade de Toledo, no oeste do Paraná. A vítima, que sofria de câncer, residia próximo a uma fazenda com criação de porcos.
No dia 1º de maio, a mulher começou a apresentar sintomas de febre, dor de cabeça, dor de garganta e dor abdominal. Dois dias depois, sua condição se agravou e ela precisou ser hospitalizada devido a uma infecção respiratória aguda grave. Após um dia, a paciente foi transferida para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas infelizmente não resistiu e morreu no dia 5 de maio.
O exame realizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), na capital paranaense, identificou o vírus influenza A/H1, responsável pela gripe H1N1. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), este é o primeiro caso notificado da variante no Brasil este ano. Uma amostra do vírus também será enviada ao Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) para estudo do caso.
Embora a mulher não tenha tido contato direto com porcos, duas pessoas próximas a ela trabalhavam na fazenda de suínos. De acordo com a Fiocruz, este é o primeiro caso de infecção humana causada pelo vírus em 2023 no Brasil e o terceiro caso de infecção humana registrado no estado do Paraná, sendo o primeiro em 2021 e o segundo em 2022.
Marilda Mendonça, chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do IOC/Fiocruz, ressaltou que esse caso não tem relação com o vírus H5N1, que tem sido amplamente discutido nos últimos dias. O H5N1 é o vírus da influenza aviária, que afeta principalmente aves, e até o momento não há registros de casos em humanos no Brasil. O vírus detectado no Paraná é diferente, trata-se da variante H1N1.
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