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Saúde

Varíola dos macacos: ministério confirma oitavo caso no Brasil

Ao menos outros seis casos são suspeitos; doença foi identificada até o momento em oito pessoas.

O Ministério da Saúde confirmou o oitavo caso de varíola dos macacos no Brasil. O registro mais recente é de um homem de 25 anos residente em Maricá, na região metropolitana do Rio, e que teve contato com estrangeiros recentemente.

O governo federal divulgou ter informado a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o novo caso. Com a confirmação, o País tem quatro registros no Estado de São Paulo, dois no Rio de Janeiro e dois no Rio Grande do Sul. Ao menos outros seis casos estão em investigação, incluindo em regiões que ainda não tiveram registros confirmados, como a Norte e Nordeste. Os pacientes com suspeita da doença são de São Paulo (1), Rio de Janeiro (2), Espírito Santo (1), Acre (1) e Ceará (1).


Foto: Reprodução/CDC via APSinais da varíola dos macacos em uma amostra de pele humana
Sinais da varíola dos macacos em uma amostra de pele humana

Segundo o ministério, o oitavo paciente confirmado está com quadro clínico estável, sem complicações e em monitoramento pelo Instituto Nacional de Infectologia e órgãos municipais e estaduais de Saúde. “Todas as medidas de contenção e controle foram adotadas imediatamente após a comunicação de que se tratava de um caso suspeito de monkeypox, com o isolamento do paciente e rastreamento dos seus contatos”, disse a pasta.

“A pasta, por meio da Sala de Situação e CIEVS Nacional, segue em articulação direta com os estados para monitoramento dos casos e rastreamento dos contatos dos pacientes”, apontou o ministério em nota.

Dos casos confirmados no Rio Grande do Sul, ambos são de pessoas com passagem recente pelo continente europeu. Um deles é de um homem de 34 anos, morador de Porto Alegre e que teria sido infectado em viagem à Europa. Já o outro é de outro homem de 51 anos que mora em Portugal e estava em viagem à capital gaúcha.

Na cidade de São Paulo, os casos confirmados incluem um homem da capital de 31 anos, com passagem recente pela Europa, e outro homem, de 41 anos, que esteve em Portugal e na Espanha. Ambos foram internados no Instituto de Infectologia Emílio Ribas. O terceiro registro no Estado é de um morador de Vinhedo, de 29 anos, igualmente com viagem recente ao continente europeu.

No Rio, um dos pacientes é um homem brasileiro, de 38 anos, residente em Londres e que procurou atendimento médico no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas um dia após chegar ao País.

Desde janeiro, a organização recebeu mais de 2,1 mil notificações de casos em ao menos 42 países. O primeiro caso na Europa foi confirmado no início de maio, de uma pessoa que retornava à Inglaterra após uma viagem à Nigéria. A doença é endêmica na África Ocidental e Central e raramente se espalhava para outros locais.

Existem ao menos duas cepas principais: a cepa do Congo, que é mais grave, com até 10% de mortalidade, e a cepa da África Ocidental, que tem uma taxa de mortalidade de cerca de 1%.

O vírus pode ser transmitido por meio do contato com lesões na pele e gotículas de uma pessoa contaminada, por exemplo. O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias.

Os sintomas se assemelham, em menor grau, aos observados no passado em indivíduos com varíola: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas durante os primeiros cinco dias. Erupções cutâneas (na face, palmas das mãos, solas dos pés), lesões, pústulas e, ao final, crostas. Segundo a OMS, os sintomas da doença duram de 14 a 21 dias.

A OMS afirma trabalhar em estreita colaboração com países onde foram relatados casos da doença viral. A entidade também recomenda aos países a aumentar suas medidas de vigilância sanitária para identificar todos os casos e os casos de contato para controlar esse surto e prevenir o contágio.

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