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Saúde

Maconha pode ajudar pacientes graves com covid-19, afirma CNN

De acordo com a startup israelense STERO Biotechs, a substância cannabis pode reverter danos causados aos pulmões em razão da doença.

A CNN Brasil divulgou uma reportagem nessa quinta-feira (11) afirmando que o uso de cannabis, substância presente na maconha, pode ajudar no tratamento da covid-19 em casos mais graves da doença. Segundo a CNN, a informação foi divulgada com base em um suposto estudo realizado pela startup israelense STERO Biotechs.

Segundo a CNN, a startup teria alertado que o uso da maconha pode tanto ajudar quanto atrapalhar o tratamento, a depender da fase da doença em que o paciente se encontra.


Sistema imunológico

A CNN explicou que quando uma pessoa é infectada pelo coronavírus, o organismo libera citocinas para a corrente sanguínea, que são proteínas que regulam a imunidade e as inflamações no corpo humano. As citocinas comunicam aos leucócitos qual célula deve ser atacada e, após o alvo ser atingido, as citocinas se dispersam e o vírus é eliminado.

No entanto, a reação natural do corpo pode ser prejudicial à saúde, visto que uma das causas de morte da covid-19 é o excesso de liberação das citocinas, fazendo com que o sistema imunológico ataque o próprio organismo, e não apenas o vírus que o infectou. Quando o próprio organismo começa a ser atacado, a pessoa pode ter febre alta, inflamação, fadiga e náuseas.

Diante disso, o estudo divulgado pela CNN, afirmou que a maconha teria inibido as respostas imunológicas de produção das citocinas. A reportagem ressaltou ainda que nos casos mais graves da covid-19, o uso da substância reverteu parcial ou totalmente os danos causados aos pulmões, diminuindo o inchaço, o crescimento excessivo de tecido e as cicatrizes dos pulmões.

Alerta

Ainda conforme a CNN, as conclusões dos estudos ainda apresentaram poucas evidências do efeito da maconha no tratamento da covid-19.

"Mesmo com todos os resultados, a STERO Biotechs pede cuidado no uso da cannabis para tratamento da Covid-19. A empresa alega que as conclusões ainda representam poucas evidências do efeito dessa substância no tratamento do novo coronavírus. O efeito da cannabis em inibir a produção de citocinas, se pode ajudar nos casos graves, também pode atrapalhar a resposta imunológica do organismo", diz trecho da reportagem.

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