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Saúde

Médicos paralisam atividades após cortes de salários no Piauí

Paralisação segue até o dia 06 de julho em todo o Estado.

O Sindicato dos Médicos do Piauí (SIMEPI), dá início nesta terça-feira (04), à paralisação dos atendimentos eletivos dos hospitais estatuais. A paralisação segue até o próximo dia 06.

De acordo com informações do presidente do SIMEPI, Samuel Rêgo, o objetivo da paralisação é chamar atenção para o corte arbitrário dos salários dos médicos e servidores públicos do Estado. “As condições em que o médico trabalha na saúde pública são extremamente insalubres. Se a Superintendência do Trabalho fiscalizasse os hospitais públicos, todos estariam fechados e, além de trabalhar sobrecarregados, sem estrutura, vem o secretário de administração cortar 10 dias de trabalho de salário do médico que trabalhou, simplesmente porque o sistema de controle dele não funciona”, disse.


Samuel Rêgo disse ainda que o sindicato já havia alertado a secretaria. “Isso é reincidente, já havíamos comunicado. Daqui pra frente, os médicos que sempre carregaram a saúde pública nas costas, não estão mais dispostos a sofrer tamanho tipo de assédio moral. Precisamos de condições dignas de trabalho para conseguir cumprir com dignidade a nossa missão”, completou.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Hospital Getúlio VargasHospital Getúlio Vargas

Em nota, o sindicato informou que os cortes no salário tratam-se de uma retenção dolorosa, o que configuram um grande abuso de autoridade e improbidade administrativa por parte dos secretários de administração e saúde, atingindo até mesmo servidores de férias, mesmo eles tendo comprovado o trabalho por meio de folhas de frequência.

Veja a nota na íntegra:

O Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI) informa que, devido ao corte arbitrário dos salários, os médicos servidores públicos do Estado irão PARALISAR as atividades de 4 a 6 de julho. A fim de resguardar o direito à vida, os atendimentos de urgência e emergência serão mantidos.

Esse corte no salário trata-se de uma retenção dolosa de salário, o que configura um grave abuso de autoridade e improbidade administrativa por parte dos secretários de administração e saúde. O corte foi tão arbitrário que atingiu servidores de férias, mesmo os estes tendo comprovado o trabalho durante todo o mês, através de folhas de frequência, fichas de atendimento e de procedimentos, foram feitos os cortes.

Ademais, foram cortados exatos 10 dias de trabalho dos servidores, demonstrando claramente que se trata de uma medida subjetiva e persecutória.

A aferição do trabalho médico através de metas, é acordo previamente estabelecido com as secretarias de administração e saúde, formalizado pela portaria SESAPI/GAB n.138/2011, justamente por conta de especificidades do trabalho médico que inviabilizam a aplicação de ponto eletrônico. Especificidades essas, similares as que justificam a não obrigatoriedade de ponto eletrônico para procuradores, defensores e promotores.

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