Uma reportagem publicada na manhã de hoje (04) pelo Blog do Neto Ferreira, do Maranhão, mostra que a empresa Distrimed Comércio e Representações, pertencente a Mário Dias Ribeiro Neto, o conhecido “Mário Brega", filho do ex-diretor do DNIT, Sebastião Ribeiro e sobrinho do deputado federal Marcelo Castro (PMDB), vem faturando alto no Governo Flávio Dino. A empresa foi alvo da Operação Gangrena, realizada em 2012, com o objetivo desarticular uma quadrilha especializada em desvio de recursos públicos do SUS, descentralizados para Secretaria de Saúde do Estado do Piauí - SESAPI.
Mesmo investigada, a empresa tem faturado milhões. De acordo com documentos, a empresa de medicamentos foi contemplada com três contratos que somam R$ 2.409.579,36 (dois milhões, quatrocentos e nove mil, quinhentos e setenta e nove reais e trinta e seis centavos).
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1 Governador Flávio Dino
O objeto dos contratos referem-se a obtenção de materiais odontológicos e médicos hospitalares para atender as Unidades de Saúde administradas pela Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares – EMSERH.
A partir dessas informações, afirma o blog do Neto Ferreira, a Polícia Federal deve continuar as investigações acerca do Governo do Maranhão, inclusive, trabalhando com a tese das indicações de políticos para cargos na área da saúde
Relembre a Operação Gangrena
As empresas Gerafarma, Serrafarma, Distrimed e E.M.M.Mota apresentaram preços bem abaixo dos praticados no mercado, para inviabilizar a participação de outras empresas no certame, e como esperado venceram o Pregão nº 96/2009. O passo seguinte foi pedir o realinhamento dos preços em valores bem acima dos valores originalmente ofertados, o que prontamente foi atendido pela Sesapi.
Mesmo alegando a urgência para a aquisição dos medicamentos, a Sesapi só efetivou a compra dos medicamentos cinco meses após a licitação quando os preços já haviam sido realinhados para beneficiar as empresas envolvidas na fraude. Chegou a pagar R$ 6.832.763,51 a mais por medicamentos superfaturados e só parou quando uma auditoria da Controladoria Geral do Estado detectou as irregularidades. Além de ganhar em medicamentos superfaturados, as empresas entregavam os medicamentos em quantidades inferiores com a utilização de notas frias. Na operação 18 pessoas foram levados à sede da PF para prestarem depoimento.
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