A Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República arquivou a apuração sobre o uso de aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) pelo ministro das Comunicações, Juscelino Filho, para ir a São Paulo participar de leilões de cavalos de raça. O processo foi arquivado por unanimidade.
Juscelino viajou para São Paulo numa quinta-feira e participou de três curtas agendas no Estado. A partir do meio-dia de sexta-feira, se dedicou a compromissos totalmente privados. Ele voltou à capital federal na segunda-feira, com o avião da FAB. O voo custou mais de R$ 130 mil aos cofres públicos.
Para a Comissão de Ética Pública, Juscelino não usou o avião da maneira indevida. Documentos do Ministério da Defesa revelam, por outro lado, que o ministro mentiu para o presidente ao afirmar que pegou uma carona na volta da viagem com o ministro do Trabalho.
Os dados oficiais mostram que Juscelino solicitou o voo de volta alegando “viagem a serviço”, ao contrário do que informou ao chefe. O presidente ameaçou o ministro de demissão caso não conseguisse se explicar.
Apesar da decisão desta segunda, Juscelino Filho ainda não se safou da Comissão de Ética Pública. O colegiado ainda investiga a atuação do sogro do ministro no gabinete do genro em Brasília. Fernando Fialho, pai da esposa de Juscelino, recebe empresários no Ministério das Comunicações até mesmo quando o genro está fora da capital federal.
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